Ressignificar a vida: O caminho para a autoaceitação

Ultimamente tenho lido bastante sobre luz x sombra. Já pararam pra pensar que cada objeto colocado diante da luz, por trás dele também existe uma sombra que muitas vezes não enxergamos, ou não damos a devida importância?

Agora imagine você, ouvindo algumas frases desde que era criança, como “não pode”, “não faça”, “isso é errado”. E você foi guardando tudo isso em um canto escuro dentro de você e que provavelmente nunca mais voltou lá para olhar e ver se essas coisas ainda fazem sentido. Mas conforme os anos vão passando, muitas dessas coisas voltam, quando passamos a julgar ou a projetar no outro esses fatos que negamos em nós mesmos. O outro me incomoda por ser arrogante, paro, penso em uma situação na qual eu julgo que ele foi arrogante comigo, volto pra minha história e percebo: qual momento da minha vida eu posso ter agido assim com outras pessoas? 

Não tenha medo de olhar pra dentro. Como disse Jung, quem olha pra fora sonha, quem olha pra dentro desperta. É ai que começa todo processo de despertar, de autoaceitação. Quando eu reconheço que dentro de mim há essa dualidade de luz e sombra. Da mesma forma que o comportamento do outro me causa um incômodo, aquela outra pessoa que eu admiro e transmite algo positivo também está refletindo o que há dentro de mim e eu tenho medo de assumir pro mundo. Lembre-se que todo mundo vive essa dualidade. Que o Yin precisa do Yang, a sombra não existe sem a luz. Por isso, não se cobre tanto por não ser perfeito, ou não ser o máximo como você gostaria de ser para agradar a sociedade em que você vive.

Ninguém é, e ninguém pode ser. O que devemos aprender é parar de apontar dedos uns pros outros e olhar de forma generosa para nós mesmos, com amor, cuidado e respeito por essas partes que somos nós. Acolha tudo que há em você e permita-se ressignificar toda sua jornada.